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Sara Laranjo

Resenha da obra "Renascer em Mortes" de Leandro C. Martins


Titulo: “Renascer em Mortes”

Autor: Leandro C. Martins

Editora: Chiado Books


Sinopse:

Renascer Em Mortes é uma obra de poesia cuja estrutura está dividida em sete capítulos, sendo que do segundo ao sexto (inclusive) cada um representa uma fase do sono: Fase 1, Fase 2, Fase 3, Fase 4 e REM. Já o primeiro capítulo e o último, que se vêem desprovidos de uma fase pela qual se designem, funcionam como um espaço enigmaticamente aberto para reflexão e ponderação.

A obra retoma a posição freudiana relativamente ao sonho e à me­mória e, portanto, reflecte, através da reiteração temática, uma certa cicli­cidade viciosa que tanto o sono nos revela, como a realidade, por vezes, nos força a vivenciar. Para além de uma dormência latente constantemen­te reiterada, a obra é construída através de uma valorização da perceção do mundo através de experiências individuais e de uma certa melancolia.

Ao ser comparada a uma noite de sono, a obra levanta também questões interessantes quanto à intencionalidade. Tratar-se-á efectiva­mente de uma obra de arte que finge ser sono, ou será, na verdade, uma noite de sono que finge ser um livro? Mergulhado nesta questão, o sujeito poético apenas reconhece que busca a libertação de certos lapsos freu­dianos, tendo por finalidade a obtenção de uma tabula rasa para, a partir dela, reconstruir a sua vivência e obra poética.


Biografia do autor:

Leandro Coelho Martins, natural de Pe­nalva do Castelo, é licenciado em Lín­guas, Literaturas e Culturas pela Uni­versidade de Aveiro e é, atualmente, mestrando em Literatura de Língua Por­tuguesa na Universidade de Coimbra.

O seu gosto pela literatura surgiu des­de jovem, delineando o seu rumo aca­démico. Entre os vários artigos lite­rários que vai produzindo para fins académicos, ocupa o seu tempo livre com a escrita de poesia e de contos.

Os seus tempos livres que, de uma manei­ra ou de outra, conseguem escapulir-se à quase omnipresença da literatura, são ocu­pados pela música dos anos sessenta e pelo seu emergente interesse pela pintura, prin­cipalmente surrealista e do romantismo.

Fora do âmbito das artes, os cães são uma outra paixão sua, dos quais se sa­lienta Íris, a sua cadelinha adotada, que “roubou” o nome à mensageira dos deuses, filha de Taumas e Electra.



A minha experiência ao ler a obra:

Li a obra numa simples e mera tarde.

Achei o autor com uma cultura incrível, alguém que garantidamente se pode ter uma boa conversa devido a pequenas referencias que descrevia na obra. Devido à sua cultura de artista e principalmente ao seu à vontade para referir isso mesmo.

“Renascer em Mortes” é uma obra incrivelmente bem estruturada. Obra dividida em 4 fase e REM, deu mais uma vez, a prova da consciência do autor ás necessidades da mesma e confesso que isso me surpreendeu bastante pois nunca tinha lido uma obra com tal conteúdo tão incrivelmente poético e tão bem estruturada.

Para além do titulo ser bastante atraente e cativante o seu conteúdo não fica atrás.

No entanto, achei a capa excessivamente escura e mal trabalhada… esse aspeto desiludiu-me um pouco… A capa não corresponde às necessidades da obra. Meramente na minha opinião, acho que o processo da criação da capa poderia ter sido muito melhor trabalhado para ser um ponto forte da obra. Pois a capa é isso mesmo que deve ser: um ponto forte das obras, e não um ponto fraco como esta (volto a reforçar que esta é a minha opinião).

Conteúdo, este facto negativo nada interfere no conteúdo e a obra não perde valor devido ao mesmo.

Obrigada Leandro por disponibilizar tão boa leitura à sociedade portuguesa.

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