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Sara Laranjo

Resenha da obra "A Mão que Mata" de Lourenço Seruya



Titulo: “A Mão que Mata”

Autor: Lourenço Seruya

Editora: Cultura Editora


Sinopse:

Numa fria manhã de inverno, é encontrado um cadáver numa mansão na Serra de Sintra.

A família Ávila estava aí reunida para formalizar as partilhas patrimoniais, na sequência do falecimento do patriarca e jamais imaginava que o processo seria interrompido daquela forma.

O Inspetor Bruno Saraiva e a sua brigada da PJ são chamados a investigar, deparando-se com um caso peculiar: a vítima não era propriamente adorada pelos familiares, mas também ninguém tinha motivos para a querer morta. Terá o homicídio resultado de um assalto?

As opiniões dividem-se e a família Ávila não parece muito disposta a colaborar com a polícia.

Até que é encontrado um segundo cadáver na mansão…

Bruno Saraiva não tem dúvidas que o assassino está naquela casa, mas não tem ninguém que o apoie nesta teoria. Sem provas concretas que sustentem a sua crença, o Inspetor faz uma viagem-relâmpago a uma aldeia do Norte. Aí, toma conhecimento de uma informação que o põe no encalço do assassino: alguém que está disposto a tudo para esconder um terrível segredo.


Biografia do autor:

Lourenço Seruya nasceu em Lisboa, no final do século xx. Depois de uma breve passagem pela área da Comunicação, concluiu em 2015 o Curso de Formação de Atores da ACT – Escola de Atores. Desde 2011 que representa em Teatro, Televisão e Cinema. Do seu currículo constam cinco espetáculos teatrais, mais de vinte filmes e outras tantas participações em séries e novelas. Paralelamente ao trabalho de ator, dá aulas de expressão dramática a crianças e adultos. Fã convicto de literatura policial, elege como principais referências Agatha Christie e Camilla Läckberg. Tem um irmão gémeo.


A minha experiência ao ler a obra:

“A Mão que Mata” é um policial em que o enredo se passa em Sintra. Aqui mesmo ao meu lado. A família Àvila esconde segredos que ninguém imagina.

Eu simplesmente amei a escrita do autor, o quão fluida a mesma é, e principalmente a pesquisa e dedicação que o mesmo demonstrou ao escrever a obra.

Para além de me ter viciado do inicio ao fim, é uma obra que não é impossível o leitor investigar com o inspetor Bruno Saraiva e trabalhar quase em equipa com a personagem.

Quando descobri quem é que tinha cometido os dois homicídios (e não vou dizer aqui para não estragar a leitura a ninguém), e o assassino foi revelando os seus motivos, eu compreendi-os, fez todo o sentido e dado o desespero, não sei se eu não tinha feito o mesmo.

E não posso deixar de comentar o facto que o assassino ao longo da obra, e em certos momentos, dirige-se ao leitor, quase que fala connosco e isso foi incrível. É realmente arrepiante.

Uma obra que me fez rir imenso, que me manteve acordada até às tantas da noite e que não descansei enquanto não a devorei.

Posso dizer-vos também que amei o facto do autor não se ter focado somente no caso e dedicado também algumas páginas à vida do inspetor e à sua relação com Susana e com os seus avós (ahhh o quanto me identifiquei com a sua relação com os avós). Gostei bastante mesmo.

Estou definitivamente ansiosa para ler o próximo trabalho deste autor e a continuação desta mesma obra, pois embora se tenha descoberto o assassino, o autor ainda deixou algumas pontas soltas.

Obrigada Lourenço por disponibilizar TÃO boa leitura à sociedade portuguesa.

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