Somente uma gota. Uma gota de água inserida num dia gelado e sem fim. Uma gota de água, que permanece numa folha de uma planta, no jardim, da qual é o plano de fundo em que uma personagem de uma vida, está neste momento, a contar a mais bela história de amor alguma vez pronunciada.
Um ato de tamanha nobreza que engloba qualidades significativas adquiridas pelo respetivo narrador e que nunca, em tempo algum, poderão ser ignoradas. Uma história, que relata factos verídicos provados por sentimentos, mágoas e crenças que foram coagidos a existir no corpo de indevidos mais idosos, derivado ás circunstâncias das respetivas situações vividas e narradas pela voz mais adequada para relatar tais factos tão fatais.
Voz essa, que é a deste indevido referido anteriormente. Uma voz grossa, masculina e cansada. Uma voz, que narra estes versos tão genuinamente, que quase dá a entender a estes ouvintes curiosos, que é um dos grandes protagonistas e um dos sobreviventes desta história destinada a ser dolorosa.
Porém, a dor causada por esta história antiga, possui a capacidade de ser admirada por todos aqueles que não a souberem suportar, ou meramente lidar com ela se tivessem no lugar destas duas vítimas do destino, que tanto sofreram.
Contudo, e quem não a souber suportar, estará pronto para ouvir esta história?
As descrições acabam por ser tão pormenorizadas e detalhadas que quase ferem os pensamentos mais puros, de um ser, que não aparenta possuir alma.
E agora? O que direi?
Poderei eu revelar que os dois protagonistas possuem vidas marcadas por cartas que percorreram anos?
Esta história só será publicada em vulgares pedaços de papel quando for o momento certo, pois após muito trabalho árduo, e muitas horas de trabalho é que esse momento é coagido a existir.
O narrador espera que esse momento chegue, e quando chegar, todos vão adquirir a notícia, e a mesma ficará marcada na vida das almas mais próximas da sua realidade.
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